O corpo do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior foi encontrado perto do Autódromo de Interlagos, em São Paulo • Reprodução/redes sociais
A Polícia Civil de São Paulo aplicou uma técnica investigativa denominada como "perfilamento criminal", nessa quinta-feira (12), para apurar a morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, 36 anos, encontrado morto no Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo.
Empresário morto em Autódromo: depoimento de amigo dura cerca de 6 horas
O método de investigação foi aplicado diante do depoimento do amigo, tido por ora, como a última pessoa com quem Adalberto esteve antes de desaparecer por 4 dias, e acabar encontrado morto em um buraco.
Rafael Aliste prestou depoimento por cerca de seis horas, e foi acompanhado por profissionais como peritos, psicólogos e criminólogos, que avaliaram o comportamento.
A delegada Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), já havia apontado "falhas e lacunas" e "inconsistências" no primeiro depoimento de Rafael, acreditando que ele "não contou tudo".
Essa suspeita foi reforçada por um laudo toxicológico do IML, que revelou que Adalberto não havia consumido álcool nem drogas, contradizendo a versão inicial de Rafael de que ambos beberam cerveja e usaram maconha, e que Adalberto estava agitado por isso.
A delegada considerou "curiosa" a descrição de euforia, já que maconha e bebida são depressoras.
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O perfilamento criminal é conduzido por uma equipe com expertise em comportamento humano e conhecimento policial, buscando entender o que pode ter falhado ou sido omitido em investigações anteriores.
As investigações para apurar a morte do empresário, ou por um laboratório especializado do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). A técnica investigativa especializada que visa identificar autores e esclarecer crimes, especialmente em casos sem suspeitos claros.
A análise foca em enxergar a cena do crime como um resultado de um comportamento, compreendendo as decisões do investigado para traçar seu perfil. Essa metodologia, inspirada em modelos internacionais, está sendo adaptada à realidade brasileira desde 2024, quando um laboratório foi criado dentro do DHPP de São Paulo.
A polícia continua ouvindo testemunhas, familiares, funcionários da obra e seguranças do evento para esclarecer as circunstâncias da morte. Os laudos periciais são aguardados para fornecer mais respostas.