Conforme o Segundo o Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de abril, "a recorrente subestimação de despesas, notadamente de benefícios previdenciários e assistenciais", entre outros fatores, lança dúvidas sobre a trajetória de sustentabilidade da dívida pública e fragiliza o arcabouço fiscal.
Apesar de haver divergências com os números apresentados no Orçamento sobre a subestimação dessas despesas, há superestimação com outras. A IFI diz que identificou gastos mais elevados que o estimado com pessoal e encargos; subsídios, subvenções e Proagro.
No fim, o valor excedente em relação ao projetado para a despesa primária total, de R$ 19,6 bilhões, compensa parcialmente a superestimação das receitas primárias, segundo a Instituição.
A projeção com benefícios previdenciários é de R$ 1.031,4 bilhões (8,2% do PIB), R$ 16,0 bilhões acima do previsto na LOA, que é de R$ 1.015,4 bilhões (8,1% do PIB).
No caso do Bolsa Família, a IFI destaca não ser factível o corte de R$ 7,7 bilhões do programa, a R$ 158,6 bilhões de despesa prevista em 2025, considerando somente a média do que foi executado no primeiro trimestre do ano.
"Com isso, ou o orçamento deverá ser recomposto ou mais cortes de integrantes do programa sem a respectiva concessão de novos benefícios. Essa segunda alternativa aumentaria a fila do programa, que apresentava 317,9 mil famílias habilitadas (“fila do bolsa-família”), além de 499,4 mil famílias pré-habilitadas34, segundo dados de março de 2025", aponta o relatório.
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